sábado, 1 de janeiro de 2011

Como tudo começou

Então gente, tudo começou assim.

Nos primórdios, eu era uma "carnívora"¹ inverterada. Adorava uma carne de bem para mal passada, com bastante alho, e batata frita. Era o prato principal. O resto era conversa.

Sempre odiei o gosto das saladas. Nada atrativas pra mim. Só de pensar em comer salada, perdia a fome. Hoje, continuo sem gostar mas me esforço para gostar do gosto. Ou pelo menos me acostumar com ele.

Mas então comecei a ser diretamente influenciada por diversas coisas ao mesmo tempo, entre elas:

- meu pai morria de câncer (e comecei a ver as causas possíveis para todos os cânceres),
- meu avô que vive superbem obrigada aos 83 anos e sempre adotou uma dieta macrobiótica,
- livros de diversas religiões (e estudar religiões sempre foi meu hobby) que desaconselham veementemente o uso da carne vermelha,
- meu sogro que é naturalista e sempre exaltou as qualidades de não se comer nada que vem de bicho, especialmente se mortos.
- notícias de quanto a natureza paga para mantermos nossos maus hábitos alimentares
- documentários sobre os maus tratos com os bichos (o primeiro que asssiti foi o badalado A Carne é Fraca)

Então, comecei a reduzir um pouco meu consumo de carne.

Tinha recaídas... ainda frequentava churrascarias, adorava um Frango à Parmegiana, um molho Bolonhesa, Tender e Chester no Natal.

No Natal... na véspera de natal eu preparava a ceia para a familia, com muita carne por sinal. Natal, a celebração do nascimento de Cristo... um Cristo que não comia carne. Até porque segundo dizem, os Essênios eram vegans.

Quando fiz uma macarronada e dei uma dentada num bife, o gosto veio pesado... desceu mal aquele pedaço de carne. Comi o macarrão e rejeitei a carne.

Naquele momento decidí: hoje não farei desfeita na ceia, mas a partir de amanhã não como mais carne. Chega de comer cadáver.

E foi assim que decidí, há uma semana, me tornar vegetariana. Bem no dia 25 de dezembro. :)

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¹- "Carnívora" aqui entre aspas pois carnívoros gostam do prazer de matar o bicho para comer e sentem prazer no sangue e na carne quente. Nossa definição, conforme o mestre De Rose deveria ser "Carniceiros", conforme o livro em "Alimentação Vegetariana: Chega de Abobrinha"

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